“Queremos ser o megafone da cadeia de saúde. É possível mudar? Sim, é possível”, afirmou Eduardo Winston Silva

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Presidente do Instituto Ética Saúde abre o Seminário Internacional da ABRAIDI


Presidente do Instituto Ética Saúde abre o Seminário Internacional da ABRAIDI
A Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde (ABRAIDI) lançou a 4ª Edição do Código de Ética e de Conduta, durante Seminário Internacional realizado no dia 1º de dezembro, com palestra do presidente do Conselho de Administração do Instituto Ética Saúde, Eduardo Winston Silva. 
 
Logo depois da exibição do vídeo da Campanha “Ética Não é Moda. Ética é Saúde”, Winston lembrou que o IES nasceu na ABRAIDI, em um movimento muito genuíno que antecedeu a Máfia das Próteses. “Fizemos o Acordo Setorial, o Instituto cresceu e se estabeleceu como uma autoridade, sem fins lucrativos, mas existe para atuar de forma independente. Não defende nenhum segmento da cadeia da saúde e tem o propósito de promover a ética e a integridade, com um Canal de Denúncias aberto para todos, acordos com órgãos de controle e fiscalização, como o Ministério Público, para compartilhar informações, entre tantas ações que promovemos e organizamos”, destacou o presidente.
 
Ressaltou que o conceito ‘ética’ é bastante amplo, envolve todos os comportamentos do indivíduo na sociedade. “Para que sejamos mais efetivos, definimos três objetivos para o IES, são eles: combater a prática de pagamentos indevidos como forma de indução da demanda, despertar a consciência do custo da falta de integridade e fomentar a transparência nas transações da cadeia da saúde. O IES não tem poder de polícia, tampouco é um órgão do Poder Judiciário, em que pese os acordos de cooperação com órgãos de controles vigentes. Logo, nossa estratégia se baseou em pilares de educação, sensibilização e principalmente intermediação do diálogo entre os diversos segmentos da saúde. Queremos colocar todos os agentes da cadeia da saúde na mesa para debater como eliminar as más práticas, que, além de desviar recursos, influenciam nas condutas em efeito multiplicador extremamente negativo. Mas, vamos além, queremos que a sociedade conheça tais práticas, se sensibilize com seus efeitos e passe a fiscalizar e cobrar posturas íntegras daqueles que têm o papel de cuidar da nossa saúde”.
 
Eduardo Winston Silva contou que com a Covid-19, a sociedade chamou o IES para se manifestar, para controlar e fiscalizar os recursos destinados ao combate da pandemia. “Nós temos que entender que além do coronavírus existe um outro germe em nossa sociedade. Este germe causa uma doença que, em sua forma mais branda é o oportunismo e nos casos mais agudos provoca a corrupção. O impacto direto é o desvio de recursos fundamentais a promoção da saúde, mas há dois efeitos colaterais: o primeiro é o desenvolvimento de camadas e mais camadas de estruturas de controle, monitoração, fiscalização; que custam caro e acabam burocratizando os processos. Outro efeito está relacionado com a percepção das pessoas que passam, de certa forma, a achar normal a corrupção e, eventualmente acabam praticando também por entender ser esta a única alternativa”.
 
A luta do IES se baseia na crença de que é sim possível mudar e, ao contrário do que muitos podem pensar, mudanças culturais não demoram necessariamente gerações para ocorrer. Um bom exemplo disso é a revolução no comportamento de toda sociedade promovida pela popularização dos celulares e as redes sociais. “O que precisamos é, de certa forma, influenciar a mudança no sentido da valorização da integridade, como caminho para construção de um ambiente que reconheça e remunere melhor os agentes da cadeia, entregando ainda um serviço mais eficiente e de melhor qualidade para a população”, defendeu Winston. 
 
O presidente do Instituto Ética Saúde usou como exemplo a questão da retenção de faturamento, questionada pela ABRAIDI e outras associações do setor. “É preciso entender que esta prática tem em sua origem a necessidade percebida de auditar cada conta hospitalar, dada a baixa confiança interna. Com o tempo, as fontes pagadoras aprenderam que poderiam utilizar este processo para pressionar por descontos ou mesmo equilibrar o fluxo financeiro. Os fornecedores, por sua vez, passam a cobrar valores ainda maiores, pois colocam na conta o custo de carregamento deste contas a receber e as possíveis e terríveis glosas. Com isso, a cadeia toda vai reduzindo a confiança interna e perdendo eficiência. Por isso, a necessidade de todos estarem na mesma mesa para debater problemas comuns”, finalizou o presidente do Instituto. 
 
O presidente da ABRAIDI, Sérgio Rocha, afirmou que o lançamento da 4ª Edição do Código foi um marco para Associação, que completou 28 anos e comemora muitas conquistas, como a criação do Instituto Ética Saúde, as mais de um milhão de cirurgias realizadas com a participação de seus associados, entre outras. O Seminário contou também com a participação de representantes de associações dos Estados Unidos, da América Latina, de Portugal e da Coalização Interamericana de Ética.
 

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